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O Começo de tudo

Lembro bem de quando eu tinha apenas 10 anos, e um vizinho — Luiz, onde você estiver, muito obrigado— me chamou para jogar RPG. Sem entender direito como aquilo funcionava, ele me explicou que precisaria apenas de um dado, caneta e papel.


Abri meu saudoso "Banco Imobiliário", peguei um pequeno dado de 6 faces, abri um dos cadernos de escola —que vergonhosamente, estava quase sempre em branco —e fui para o Hall do prédio, encontrar com outros três amigos, para enfim conhecer o tal do "RPG".


Meu vizinho, Luiz, ou melhor, O MESTRE, havia desenhado um mapa de Taubaté, com caneta BIC numa sulfite em branco, e nos informou que a cidade tinha sido dominada por vampiros, e que nossa função, seria caçá-los.


Perguntei se eu poderia ter uma água benta para jogar neles, afinal, cresci em lar católico, e minha avó sempre deixou claro os poderes desse item clerical. Ele me disse para rolar o dado, e se tirasse 5 ou 6, poderia ter esse equipamento. Fiquei encantado com o "sistema" de depender de resultados do dado para se definir o que era possível ou não naquele jogo imaginativo, porém, esse encantamento se tornou frustração, ao rolar o dado e ver aquele enorme 1.


Desde então, passei a procurar mais sobre RPG, e em pouco tempo, me interessei sobre a "bíblia" da fantasia, escrita por Tolkien. Para minha surpresa, descobri que a biblioteca pública da escola municipal onde estudava, tinha um exemplar dos três volumes do Senhor dos Anéis (com aquela capa clássica da Martins Fontes).


Mais de 20 anos depois, consumindo agressivamente conteúdos fantasiosos através da literatura, jogos, filmes, séries, e claro, do RPG, decidi que era minha vez de contribuir com o cenário de Ficção Fantástica.


A ideia sobre Rubyo, um príncipe herdeiro que não tinha nada, floresceu em minha mente há muito tempo, ao preparar um personagem para uma aventura de RPG, mas devido ao árduo trabalho como médico, não me sobrava tempo para escrever sua história, como eu gostaria.


No ápice da crise da COVID-19, assumi a Direção do hospital onde trabalho, o que só aumentou minha carga de trabalho, e claro, de stress. Frente a tantos problemas e histórias tristes que vivia diariamente, a vontade de escrever sobre Rubyo passou a ser uma NECESSIDADE. Os campos férteis de Minalkar passaram a ser meu refúgio, daquela realidade tão dura que eu —e o resto do mundo —estava passando, pelo maldito vírus.


Espero que essa jornada possa apresentar a todos um novo universo fantástico, e que seja tão prazerosa, divertida e emocionante para vocês, como foi para mim escrevê-la, e que a história de Rubyo possa despertar em todos vocês, esse chamado para a aventura em suas vidas.

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